Viajando para o Oeste.
Sempre para o Oeste, o Oeste distante.
Ora cowboy, ora bandeirante.
Viajando para o Oeste.
Segue seguindo, fugindo do Sol que nasce a leste. Fazendo uma noite ser eterna, trazendo frescor até mesmo ao Agreste. Fugindo do amanhã que traz boleto, prazo, telefone, planilha, peste.
Vai caminhando, o raiar do dia já vem vindo. Não deu pra fazer esse tempo ser infindo. O cowboy chegou no mar; o bandeirante, nos Andes. Encurralados no tempo, no espaço, pelos raios de sol inexoráveis que vão surgindo.
Ainda assim dá-se um jeito de seguir seguindo. O cowboy vai nadando, o bandeirante vai subindo. O sol se cansa e no oeste vai dormindo. Com sorte ele prepara um alvorecer mais lindo.
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