segunda-feira, 31 de maio de 2010

Conversa Franca


Eu te amo porque te amo. Alguns, mais românticos que eu, diriam várias coisas a partir disso, como "não precisas ser amante", mas eu francamente discordo. Precisa ser amante sim, e das boas! Não me leve a mal, mas convenhamos que tem certas coisas que são insubstituíveis. Se a paixão é a propulsora do amor, o gozo é seu lubrificante.

Não faz essa cara, Quando você me conheceu sabia desse meu jeito bruto de ver e falar das coisas. No mais, eu acredito em amor sadio. Nada desse papo de ficar sofrendo por quem se ama numa relação em que apenas se dá e nada se recebe. Fala sério, sem condições.

Pronto, lá vem você chorar e me chamar de grosso. Isso tem outro nome: sincero. Se eu soubesse que iria aturar isso toda vez que fosse falar aberto contigo, juro que teria dado em cima da Ju ao invés de em você. Agora é tarde, apaixonei.

Ah lá, vai começar a dar vexame. Depois eu escondo as coisas e você reclama - como daquela vez em que fui ao puteiro comemorar os dezoito anos daquele meu camarada. É claro que não comi ninguém, sou um homem compremetido, ora. Muito embora na época você estivesse merecendo um chifre por me negar fogo durante um mês. Pô, só porque eu propus aquele lance contigo e com a Ju...

Isso, sai batendo porta, me deixa falando sozinho. Depois fica no MSN falando com as amigas que eu sou muito fechado, sempre pareço estar escondendo algo. Pois bem, eu estava sim, 'tá me ouvindo?! E o porquê é simples: Você não sabe lidar com a verdade.

Digo mais: Hoje aquele amigo meu faz vinte e um anos e vou sair com os rapazes. Fica revoltada não, lembre-se do começo desse papo todo. Aquele "eu te amo porque te amo" e tal. Ele foi tão sincero quanto tudo o mais que eu te disse hoje, só não veio confeitado. Beijo, não chego tarde.

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